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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Ciências da Natureza no ENEM 2009

BIOLOGIA
Segundo o professor de biologia e diretor do colégio Vértice Adilson Garcia, as questões de biologia serão variadas. Elas podem ser desde estrutura e fisiologia celular até aspectos biológicos da pobreza, com indicadores sociais e doenças que afetam a população brasileira.

A teoria da evolução também é um candidato forte este ano. “É de extrema importância lembrar que em 2009 estamos completando 200 anos do nascimento de Darwin. A forma de pensar a natureza nunca foi a mesma depois dele”, afirma Garcia.

Vale dar atenção especial a temas com correlação nas outras disciplinas, como química e física. Questões sobre ecologia, biologia molecular, origem da vida e energia oferecem essa interdisciplinaridade. Também podem cair perguntas sobre o corpo humano em relação à ótica ou à acústica dos sons.

FÍSICA
A professora de física Andréia Guerra aposta que a prova cobrará conceitos em termodinâmica, leis de Newton, eletricidade e interpretação de gráficos. Para ela, apesar de o Enem não pedir fórmulas, o aluno deve ter noção de como usar as mais comuns. “Não vai vir nada complexo, nenhuma nota de rodapé, formulas derivadas de fórmulas. Mas o aluno deve saber as básicas, como leis de Newton, gravitação, potência”, afirma.

Por outro lado, baseado na necessidade de contextualização da prova, a professora acredita ser muito difícil haver perguntas sobre dilatação dos corpos em fenômenos, fluxo de calor, cinemática, eletrostática e força magnética, principalmente se essas questões envolverem fórmulas.

QUÍMICA
Para o professor de química Bruno Xavier do Valle, enunciados sobre meio ambiente serão comuns na prova. “Processos verdes e sustentáveis são assuntos recorrentes. O entendimento de projeto sustentável de verdade, quando você consegue fechar um ciclo de uma cadeia de transformações”, afirma o professor. Outros temas capazes de fazer parte do exame: termoquímica, mistura de substâncias, forças intermoleculares.

MATEMÁTICA?
Mesmo que o Enem já tenha 45 questões específicas sobre matemática, o aluno pode esperar também por enunciados com números na prova de Ciências da Natureza. É o que afirma Xavier do Valle. “A química e a física utilizam a ferramenta matemática para diversas situações. Eu acredito que vão aparecer sim conteúdos da matemática implícitos nas questões. Não de maneira aprofundada, mas o aluno terá que utilizar conceitos matemáticos, sem dúvida alguma”, diz o professor. Por isso, fique atento à matemática logo no primeiro dia de prova.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

sexta-feira, 15 de maio de 2009

MEC Divulga Guia que Orientará Elaboração do Novo Enem

O Ministério da Educação divulgou nesta quinta-feira em seu site a matriz de habilidades do novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) - o guia que vai orientar a elaboração das questões da prova. O documento foi aprovado na manhã desta quinta-feira pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).
Consulte o documento no link abaixo http://educaterra.terra.com.br/vestibular/matriz_habilidades_novo_enem.pdf

Redação Terra 16 de maio de 2009
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sexta-feira, 20 de março de 2009

Acordo Ortográfico: Prós e Contras

A equipe do Portal EducaRede ouviu dois especialistas, Douglas Tufano, professor de Português e História da Arte, e autor de livros didáticos e paradidáticos nas áreas de Língua Portuguesa e Literatura, e José Luiz Fiorin, Professor Associado do Departamento de Lingüística da FFLCH da Universidade de São Paulo (USP), que defendem posições diferentes em relação ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Para Tufano, embora não seja completamente favorável ao Acordo, esse momento é considerado um passo à frente no projeto de unificação ortográfica, mas ainda está longe do pretendido objetivo. "Nesse caso, o Acordo poderia ter sido mais ousado e abrangente". Outra questão levantada por Tufano é a falta de clareza quanto ao uso do Hífen: "o maior dos problemas no Acordo é a confusão que se estabeleceu quanto ao uso do hífen nas locuções. No uso do hífen com os prefixos, as regras são quase todas bem simples, mas ao tratar do uso do hífen nas locuções, como "maria vai com as outras" ou "pé de moleque", o Acordo não é nada claro e a publicação do dicionário da Academia Brasileira de Letras não contribuiu em nada para esclarecer essa questão". Segundo Tufano, a resolução desse problema passa pela elaboração do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), considerada uma fonte oficial de consulta e que já deveria estar publicado antes do Acordo entrar em vigor, para evitar confusões.José Luiz Fiorin, Professor Associado do Departamento de Lingüística da FFLCH da Universidade de São Paulo (USP), concorda que algumas normas são tecnicamente mal formuladas, principalmente nas bases 15 e 16 do Acordo, em relação ao Hífen, que carrega dubiedade no entendimento das regras. A resolução desse problema está na elaboração do "Vocabulário Ortográfico Da Língua Portuguesa", outro ponto de concordância entre os especialistas. Mas, ao contrário de Tufano, José Luiz Fiorin é plenamente a favor do Acordo, principalmente em seu aspecto político, já que unifica a grafia nos países lusófonos e cria uma unidade na Comunidade de Língua Portuguesa. Até então, tínhamos duas grafias oficiais, a utilizada em Portugal, que é a mesma nas ex-colônias africanas e asiática, e a usada no Brasil. Segundo Fiorin, "reafirmar a unidade ortográfica é reafirmar a unidade de base da Língua Portuguesa". O especialista fez questão de salientar a diferença entre grafia e língua: "A língua é viva e muda tanto de país para país, com seus sotaques e gírias, como de geração para geração dentro do mesmo território. A unificação está somente na grafia".
Por fim, Fiorin analisou o impacto do Acordo nas salas de aula: "não interfere em nada a assimilação dos estudantes". O professor aponta três antigos problemas de ortografia nas escolas, e ressalta que nenhum deles foi contemplado no acordo. São eles:
1. Uma letra que representa vários sons. Ex: a letra "X" tem som de "C" na palavra auxílio e som de "Z" em exame;
2. Várias letras representam o mesmo som. Ex. Em beleza, o "Z" tem som de "Z", em exame, o "X" também tem som de "Z", e em casa, o "S" tem a mesma característica, som de "Z";
3. A não correspondência entre a letra e o som. Ex. A palavra "Sol": como a letra "L" tem som de "U", alunos podem escrever "Sou", o mesmo se dá com a palavra "Sal", que pode ser escrita, equivocadamente, "sau".
Para o Professor, uma forma de resolver essa questão está no automatismo da escrita, que vai aos poucos eliminando essas dúvidas. O entrevistado aponta uma forma bastante eficiente para alcançar esse automatismo, que é a memória visual das palavras, ou seja, quanto mais os alunos lerem, menos errarão na escrita. Mais um dado que evidencia a importância do hábito da leitura.Acordo Ortográfico: Prós e ContrasA equipe do Portal EducaRede ouviu dois especialistas, Douglas Tufano, professor de Português e História da Arte, e autor de livros didáticos e paradidáticos nas áreas de Língua Portuguesa e Literatura, e José Luiz Fiorin, Professor Associado do Departamento de Lingüística da FFLCH da Universidade de São Paulo (USP), que defendem posições diferentes em relação ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Para Tufano, embora não seja completamente favorável ao Acordo, esse momento é considerado um passo à frente no projeto de unificação ortográfica, mas ainda está longe do pretendido objetivo. "Nesse caso, o Acordo poderia ter sido mais ousado e abrangente". Outra questão levantada por Tufano é a falta de clareza quanto ao uso do Hífen: "o maior dos problemas no Acordo é a confusão que se estabeleceu quanto ao uso do hífen nas locuções. No uso do hífen com os prefixos, as regras são quase todas bem simples, mas ao tratar do uso do hífen nas locuções, como "maria vai com as outras" ou "pé de moleque", o Acordo não é nada claro e a publicação do dicionário da Academia Brasileira de Letras não contribuiu em nada para esclarecer essa questão". Segundo Tufano, a resolução desse problema passa pela elaboração do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), considerada uma fonte oficial de consulta e que já deveria estar publicado antes do Acordo entrar em vigor, para evitar confusões.José Luiz Fiorin, Professor Associado do Departamento de Lingüística da FFLCH da Universidade de São Paulo (USP), concorda que algumas normas são tecnicamente mal formuladas, principalmente nas bases 15 e 16 do Acordo, em relação ao Hífen, que carrega dubiedade no entendimento das regras. A resolução desse problema está na elaboração do "Vocabulário Ortográfico Da Língua Portuguesa", outro ponto de concordância entre os especialistas. Mas, ao contrário de Tufano, José Luiz Fiorin é plenamente a favor do Acordo, principalmente em seu aspecto político, já que unifica a grafia nos países lusófonos e cria uma unidade na Comunidade de Língua Portuguesa. Até então, tínhamos duas grafias oficiais, a utilizada em Portugal, que é a mesma nas ex-colônias africanas e asiática, e a usada no Brasil. Segundo Fiorin, "reafirmar a unidade ortográfica é reafirmar a unidade de base da Língua Portuguesa". O especialista fez questão de salientar a diferença entre grafia e língua: "A língua é viva e muda tanto de país para país, com seus sotaques e gírias, como de geração para geração dentro do mesmo território. A unificação está somente na grafia".
Por fim, Fiorin analisou o impacto do Acordo nas salas de aula: "não interfere em nada a assimilação dos estudantes". O professor aponta três antigos problemas de ortografia nas escolas, e ressalta que nenhum deles foi contemplado no acordo. São eles:
1. Uma letra que representa vários sons. Ex: a letra "X" tem som de "C" na palavra auxílio e som de "Z" em exame;
2. Várias letras representam o mesmo som. Ex. Em beleza, o "Z" tem som de "Z", em exame, o "X" também tem som de "Z", e em casa, o "S" tem a mesma característica, som de "Z";
3. A não correspondência entre a letra e o som. Ex. A palavra "Sol": como a letra "L" tem som de "U", alunos podem escrever "Sou", o mesmo se dá com a palavra "Sal", que pode ser escrita, equivocadamente, "sau".
Para o Professor, uma forma de resolver essa questão está no automatismo da escrita, que vai aos poucos eliminando essas dúvidas. O entrevistado aponta uma forma bastante eficiente para alcançar esse automatismo, que é a memória visual das palavras, ou seja, quanto mais os alunos lerem, menos errarão na escrita. Mais um dado que evidencia a importância do hábito da leitura.

Trecho da reportagem publicada em 17/02/09
Por José Alves